quarta-feira, 6 de maio de 2020

A História da Quiropraxia

A manipulação da coluna vertebral é conhecida desde os tempos de Hipócrates e médicos da Grécia antiga. O fundador da moderna Quiropraxia foi Daniel David Palmer, um canadense que migrou para os Estados Unidos em 1865. O primeiro ajuste de Quiropraxia que se tem registro ocorreu na cidade de Davenport, estado de Iowa, EUA, em 18 de setembro de 1895.
A história que se conta é que Harvey Lillard, servente do edifício onde Palmer trabalhava, apresentava uma deficiência auditiva que se iniciara quando o mesmo tinha por volta de 17 anos. Palmer ao examiná-lo descobriu uma saliência em sua coluna e com um empurrão firme na vértebra produziu um forte estalo. Acontecia assim o primeiro ajuste da Quiropraxia moderna. Lillard nesta mesma consulta disse que estranhamente estava “sentindo” alguns sons. Após algumas sessões, parte significativa de sua audição estava restaurada. Nascia assim a Quiropraxia (Chiropractic).
Palmer não compreendeu de imediato porque o servente havia melhorado. Num primeiro momento, acreditou ter encontrado a cura da surdez. E logo esse tipo de procedimento começou a ser associado a curas milagrosas, causando muitas controvérsias acerca da Quiropraxia. A principal inconsistência estava no diagnóstico inicial. O clínico formulava o diagnóstico de que o paciente tinha um problema cardíaco, quando, na verdade, a dor no peito era resultado de uma dor intercostal. Mas os que foram se especializando em Θuiropraxia intuíam que o alinhamento da coluna poderia resolver ou amenizar uma série de problemas clínicos.
“ Chiropractic” vem do grego e significa “ feito pelas mãos ”, e “Chiropractor ” que significa “ quem faz com as mãos ”.
D.D. Palmer fundou o Palmer School em Davenport, que viria a se transformar em uma das maiores faculdades de Quiropraxia dos Estados Unidos.
Seu filho Bartlett Joshua Palmer foi responsável pela administração da escola e pela legitimidade que a instituição adquiriu, contribuindo decisivamente para a aceitação da Quiropraxia pelo público e pelos legisladores, tornando-a popular ao longo dos anos.
Bartlett Joshua Palmer
Quando Palmer faleceu, em 1961, a Quiropraxia já havia se transformado no maior sistema de cuidado da saúde não-medicamentoso nos EUA.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Descer do salto alto pode ser bom para sua coluna!

Quando usado desmedidamente, o salto alto pode provocar danos à coluna, problemas no joelho e até o encurtamento dos músculos da panturrilha. 
R. Oswaldo Cochrane 231 - Atendimentos até as 22hs
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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Quiropraxia: A importância da postura correta.

Descubra Doenças e problemas de saúde ligados ao Desequilibrio enérgetico de cada vertebra

A prevenção e correção de problemas relacionados à coluna podem ser trabalhados com idas periódicas ao especialista que trata da pessoa como um todo. No caso de stress, enxaqueca, taquicardia, hérnia de disco, bico de papagaio, esporão, dormência, formigamento, perna menor, enfim, para todas as dores instaladas é indicada a Quiropraxia.
O terapeuta avalia a coluna observando cada vértebra, que são pequenos ossos em forma de discos superpostos e unidos por ligamentos e músculos. Entre cada par de vértebras há um disco de cartilagem responsável pela redução  do atrito dos ossos que ocorre quando nos movimentamos.


Vértebras coccígeas e sacrais
Cóccix, pequeno osso localizado na parte inferior da coluna vertebral.  OSacro, osso grande  e triangular,  localizado na base da coluna vertebral, formado por vértebras fundidas, e no final é parecido com uma cauda, um “rabinho” de ossinhos bem pequenos.
Nas vértebras coccígeas constituem nossa força de sobrevivência e nas vértebras sacrais o modo de lidarmos com nossos problemas interiores.
Vértebras lombares
Situam-se entre o sacro e o tórax compondo a coluna lombar demonstrando  a forma de “levar a vida”  ora mais relaxada ora mais tensa. Elas processam a sexualidade e o sentimento de segurança.
Nas vértebras L1 a L5, reside à força pessoal. As vértebras  estão conectadas ao corpo na visão sensorial de acordo com o descrito abaixo:
L1 …. ao intestino delgado;
L2….ao apêndice e a alegria de viver;
L3….a bexiga e órgãos sexuais;
L4….musculatura lombar, nervo ciático, próstata e útero;
L5….ao prazer, viver de forma prazerosa.
Vértebras torácicas
São as que dão sustentação ao corpo e na visão holística representam  a organização da vida, a harmonização amorosa e social, o compromisso e a responsabilidade consigo mesmo.
T1….traqueia e esôfago;
T2….vasos sanguíneos e laringe;
T3….sistema respiratório e  escápula;
T4….vesícula biliar, mama e mamilo;
T5….Circulação sanguínea, plexo solar;
T6….estômago e coração;
T7….pâncreas e duodeno;
T8….fígado, baço e diafragma;
T9….glândula supra-renal e fígado;
T10…círculo umbilical;
T11…sistema urinário, ureter;
T12…intestino delgado e sistema linfático.
Vértebras cervicais
Localizam-se entre o crânio e o tórax e são responsáveis pelos impulsos que promovem a percepção e o reconhecimento dos desejos pessoais e como agir, como colocar em prática as nossas vontades e a organização da nossa ideia.
Parte alta da nuca….central dos desejos;
C1….denominada Atlas…glândula pituitária ou hipófise, cerebelo, sistema nervoso simpático, couro cabeludo, orelhas média e interna; 
C2….Áxis…região temporal e órgãos do sentido; 
C3….fossa supraclavicular, face lateral do pescoço, mastoide e zigomático; 
C4….região subclavicular, lábios, boca e nariz; 
C5…clavícula, cordas vocais e faringe; 
C6…paratireóide; 
C7…tireóide e intestinos. 
Certos cuidados com a coluna vertebral, como a manipulação das articulações nos leva a uma vida saudável e produtiva.


“A saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade.”


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Parte autonômica sacral é simpática e não parassimpática.

O sistema nervoso autonômico (ou autônomo) já é um velho conhecido. Ele regula diversas funções vegetativas como a respiração, circulação, digestão, etc.

As diferenças anatômicas e funcionais permitem dividir o SNA em duas partes, também bastante conhecidas, sendo estas simpático e parassimpático. 

Com base nessas diferenças citadas acima, o sistema nervoso simpático é associado à região toracolombar enquanto o parassimpáticl associado à região cranio-sacral.

E é aqui que uma descoberta científica recente acaba de propor uma revisão.

Espinosa-Medina et-al reavaliaram as funções dos neurônios autonômicos da região sacral, com base em análises anatômicas e moleculares e apontam para uma recategorização.

Nessa pesquisa realizada em camundongos, os neuronios antes classificados como parassimpáticos, e que controlam funções do reto, bexiga e órgãos genitais, mostraram-se indistinguíveis dos ramos simpáticos toracolombares. Os pesquisadores concluem que o sistema nervoso parassimpático recebe informações exclusivamente por nervos craniais enquanto o simpático recebe por vias espinais torácica, lombares e sacrais inclusive.

Mais detalhes serão publicados em breve em uma revisão deste artigo e na publicação mensal do Atlas de Quiropraxia.

Quiropraxia é segura?

Vi esta pergunta circulando pela mídia escrita e digital e confesso que fiquei surpreendido com o fato de que as pessoas ainda tenham dificuldade de saber a diferença entre uma profissão e os procedimentos terapêuticos de tal profissão.

Para entender isto, poderíamos fazer a mesma pergunta substituindo a palavra quiropraxia por odontologia, engenharia, biomedicina, medicina, entre outras, para notar a falta de senso em tal pergunta. Deveríamos, sim, perguntar se os procedimentos usados pelo profissional são seguros ou que os riscos inerentes sejam inferiores às necessidades e benefícios de tais procedimentos.

Em fevereiro deste ano, recebi um e-mail da Associação de Quiropraxia dos EUA (ACA). Neste e-mail, se comentava a morte de uma celebridade americana, a modelo Katie May, conhecida como a “Rainha do Snapchat” daquele país. Segundo relatos e publicações na sua conta de Twiter, Katie May havia saído de uma sessão de fotos e depois disto, sentia dores no pescoço. 

A princípio, os comentários especulavam se ela teria sofrido uma queda ou algum tipo de traumatismo que justificasse sua morte ou até mesmo minimizasse a responsabilidade do profissional que a atendeu. Entretanto, segundo testemunhas, ela apenas ficou muito tempo em posturas pouco cômodas e que isto levou ao quadro de dor cervical que a fez procurar um quiropraxista. Vale comentar que, nos EUA, o quiropraxista faz parte do sistema de saúde, tendo acesso ao nível primário de contato tal como o clínico geral. Uma pessoa com cervicalgia ou lombalgia pode tanto procurar um médico como pode procurar um quiropraxista. 

No dia 29 de janeiro, Katie publica no Twitter que seu pescoço doía e que ela havia ido ao quiropraxista pela manhã. No dia 1º de fevereiro, Katie comenta que ainda dói e que iria ao quiropraxista no dia seguinte (2 de fevereiro). No dia 4 de fevereiro, ela falece.

Tudo isto aconteceu em fevereiro. Por que somente agora em outubro o assunto voltou às páginas de toda a imprensa mundial? Porque foi agora em outubro que foi publicado o laudo do legista sobre a causa da morte da modelo. Segundo o legista Ed Winter, a causa da morte foi devido a um acidente vascular cerebral causado pela dissecção da artéria vertebral esquerda, secundária a uma manipulação articular quiroprática.

Desde então, se levantou esta grande discussão sobre a segurança dos procedimentos quiropráticos. Existe muita opinião infundada e muita especulação sobre o assunto. Detratores da quiropraxia viram nisto a oportunidade dourada de desferir um golpe à profissão. 

Entretanto, deixando de lado toda a comoção e desinformação gerada, a pergunta relevante que tem que ser levantada é: se os procedimentos quiropráticos de ajuste/manipulação articular são necessários e, mais importante ainda, se são seguros.

Para responder estas perguntas tão relevantes, precisamos olhar as evidências científicas. Vivemos em uma era em que a Prática Baseada na Evidência (Sackett D, 2002) se impõe em todos os setores, principalmente na área da saúde.   Dentro deste princípio, as decisões terapêuticas necessitam estar baseadas em três pilares fundamentais:

-          A melhor evidência disponível sobre determinado procedimento,
-          As habilidades do profissional,
-          As preferencias do paciente.

Sobre as evidências, a melhor maneira de ver isto traduzido a nível prático, é observar os protocolos e consensos sobre determinadas condições e seu tratamento.

Em 2008, A Divisão Ortopédica da Associação Americana de Fisioterapia (APTA) publicou diretrizes sobre o tratamento clínico de cervicalgias 1. Em suas recomendações, a primeira intervenção terapêutica recomendada foi:

 “os clínicos devem considerar a utilização da mobilização e manipulação cervical, com ou sem impulso, com a finalidade de reduzir a dor cervical e a cefaleia.”

Em 2016, Brussières e colaboradores apresentam uma diretriz para o transtornos associados a cervicalgia e para os transtornos associados a lesão “em chicote” cervical2.  Esta diretriz recomenda para cervicalgias de aparecimento recente (0-3 meses), um tratamento multimodal com mobilização ou manipulação cervical, exercícios que devem ser realizados em casa para recuperar a amplitude de movimento e terapias manuais multimodais. 

Vemos que para os casos de cervicalgia, as evidências recomendam a mobilização e/ou manipulação cervical. 

Este procedimento deveria ser aplicado por um profissional com formação e habilidade para realizá-lo. Os quiropraxistas são profissionais competentes para realizar este tipo de procedimento, embora não sejam os únicos. 

Para concluir, nos resta a pergunta sobre a segurança, ou melhor, sobre os riscos do procedimento.

Muitos quiropraxistas respondem às críticas, de que os procedimentos quiropráticos trazem risco de morte, com uma resposta parecida dizendo que os procedimentos médicos (prescrição farmacológica e cirurgias) matam mais do que os procedimentos quiropráticos, porém isto não responde a pergunta que todos desejam saber. Além do mais, sempre se argumenta que os procedimentos médicos são necessários e que os procedimentos quiropráticos são desnecessários porque carecem de importância terapêutica. 

Novamente, é importante ver o que mostram as evidências científicas.

Sobre a dissecção da artéria vertebral, estudos biomecânicos realizados sobre estas artérias revelam que a tração provocada por um movimento normal ou mesmo por uma técnica de ajuste/manipulação cervical é cerca de 23 y 78 vezes inferior, respectivamente, à deformação necessária para provocar lesão nestas artérias3,4,5.

Recentemente, um grupo de neurocirurgiões da Penn State Hershey Medical Center (Universidade Estadual da Pensilvânia) publicou uma revisão sistemática e uma meta-análise sobre este tema, e concluíram6:

“Não existe evidência convincente que apoie uma relação causal entre a manipulação quiroprática e a dissecção da artéria cervical. A crença de que existe tal relação causal pode trazer consequências significantemente negativas tais como litígios judiciais numerosos.”  

O que aconteceu com a modelo Katie May é um fato lamentável para todos, porém jamais deveria ser utilizado para desacreditar uma profissão. Todo procedimento terapêutico é dotado de um risco inerente, porém é necessário que o público tenha as informações corretas para poder decidir. Recentemente a Faculdade Palmer de Quiropraxia publicou um estudo comparativo dos tratamentos para a cervicalgia e os riscos graves e/ou morte associados a estes procedimentos. Esta é a tabela resultante:


Fonte: www.palmer.edu/gallup-report/sources/

Vemos que o risco do procedimento quiroprático é menor que 1 para cada 1 milhão de ajustes/manipulações vertebrais, enquanto que o uso de anti-inflamatórios leva a um risco de 153 para 1 milhão.

Nesta era em que as informações são rápidas e se espalham de maneira imediata, é fundamental ter a capacidade de buscar informações fidedignas. As evidências científicas ainda constituem-se na melhor fonte de informação.